*Este texto foi “encomendado” por uma ativista que está iniciando trabalhos e divulgações sobre defesa do meio ambiente.
As razões são muito simples, mas estão ligadas a fatores complicados e profundos. Pergunta-se: O que mais desmata nossas florestas é a pecuária e a agricultura, certo? E o desmatamento está ligado à todas as questões do meio ambiente, certo? Extinção de animais, extinção de plantas, aquecimento global, descontrole em vários eixos.
Acho triste passar por estradas e ver aqueles enormes campos sem nenhuma árvore, quase todos com culturas de agricultura básicas, como a soja, o milho, e o trigo. A soja é provavelmente a que mais cresce no Brasil e a que mais avança na Amazônia. Como se isso não bastasse, a maior tristeza vem em seguida, pois apenas 3% de toda essa produção é para o consumo humano. Vejamos bem, o Brasil possui (não lembro a quantidade exata) um número de bois e vacas que em alguns anos, poderá ultrapassar o de habitantes humanos. (Esse dado está no documentario “a carne é fraca”, que pode ser visto no youtube ou adquirido em dvd por esse link: http://www.institutoninarosa.org.br). Agora, imagine o tanto que uma vaca de 600 kilos (ou mais) come por dia de ração. Além disso, grande parte dessa soja brasileira é exportada para paises da europa, para o japão, etc.. Países que não tem uma grande quantidade de terra e que tem indústrias “avançadas” que já perceberam que abrir um grande campo pra criação de gado no pasto não dá tanto lucro se criarem eles emconfinamentos. Então, o que acontece? Muito simples, eles importam nossa água e nossa floresta.
Ao contrário do que a grande mídia diz, a maior parte da água que nós, humanos, usamos, não é em casa tomando banho, lavando a roupa, lavando a calçada, etc… A maior parte da água está em nossa alimentação, o
racionamento da água está ao nosso controle, à nossa escolha. Mas o que a indústria da carne faz? Usam enormes quantidades de água nas plantações para produzir ração para vacas, para que depois o animal se torne o alimento. Mas essa relação é esdrúxula, (e olha que eu nem to entrando na parte ética de matarmos um animal que sente dor, medo, angustia e tem noção de sociabilidade como nós) pois “são necessários até 30.000L (trinta mil litros) de água para produzir 1kg (um quilo) de carne, mas apenas 150 (cento e cinqüenta) litros de água para 1kg (um quilo) de trigo”. Ou seja, optar pela carne, significa dizermos que preferimos continuar num vício à secar as torneiras.
Estamos num desequilibrio gigantesco, criamos uma cadeia de alimentação para nos alimentarmos mal, para termos doenças, desmatar o mundo e deixar outros com fome, visto que inserimos o gado de tal forma em nosso planeta, que pulamos por cima de um simples conceito: produzir para nos alimentar. Usamos nossa agricultura para alimentar a indústria milionária da carne e gerar uma escravidão animal para termos um “luxo” na mesa.
Portanto, além de ser um problema ambiental, a comilança de carne é um problema social e ético. Pesoalmente, não acredito que a gente possa lutar por causas ambientais sem mudar a nós mesmos. O vegetarianismo é um simples ato, não é um bicho de sete cabeças, não é dificil, a cada dia fica mais facilitado para mudarmos nosso hábitos. Mesmo que a publicidade faça os seus milagres a favor da carne, do leite, do ovo, etc. não é dificil notarmos as enormes contradições, só precisamos focar nas verdades e procurar soluções que tenham alguma eficácia, de fato. Para quem fala em defesa do meio ambiente, não incentivar o desmatamento de florestas e o uso racional da água é o mínimo que se pode fazer, não? Pois isso é o básico para sobrevivencia da vida na Terra. Então a hora é agora, chega de levarmos no nosso prato o que mais destrói o planeta.
Vinícius
oi, aqui é a sofia do receitas vegans!
desculpa, mas só agora que li seu comentario!
estou adicionando nos liks do beu blog
abraço!